Haverá talvez alguns blogs que terão por principal propósito dizer mal. Não será certamente o caso deste. Mas lá que vai dizer muito mal isso vai de certeza, mas vamos andar a atirar por aí à sorte. Diremos mal, e de quem? Nao será certamente de quem ajuda as velhinhas a atravessar nas passadeiras. Diremos muito mal principalmente daqueles que se propõem ser os nossos "guardiães do templo" para depois de eleitos ou nomeados para tal, se transformarem eles próprios nos seus verdadeiros saqueadores da "arca do tesouro".
Ai esses vão levar aqui porrada, e está apenas nas suas mãos evitar que isso aconteça, já que das nossas, da ponta dos nossos dedos, tanto pode sair o elogio, se merecido, como a critica mais corrosiva que se possa imaginar.
Estamos a avisá-los.
Depois não se venham queixar como têm feito em relação a outros que o têm feito.
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Aqueles e aquelas que dependem do CENTRO DE SAÚDE DE ALMEIRIM, que são seus utentes, já devem estar à espera de que venhamos aqui desenvolver este tema com a agressividade suficiente e à medida da revolta que nos consome.
Porém, vamos tentar relatar-vos calmamente, civilizadamente, a odisseia que não chegou a ser, mas como seria se tivessemos levado por diante a ideia de marcar consulta para o médico de família.
Dirigimo-nos para tal ao balcão do Centro de Saúde de Almeirim onde fomos correctamente atendidos pela sra. assistente do clinico respectivo. Começámos por perguntar à sra. funcionária quais eram os procedimentos necessários à marcação de uma consulta que deveria ser de rotina, mas que não é, já que há já vários anos que não avistamos o médico de família para esse efeito.
Explicação da ra. funcionária: Bem, há cinco dias no mês para marcar consulta. O que acontece porém, é que os utentes vêm às duas da manhã para aqui e marcam logo no primeiro dia todas as consultas. Portanto, ou sr. vem também às duas da manhã, ou muito difícilmente arranjará consulta. Pode no entanto vir às urgências e pedir ao seu médico que o consulte. Sim mas os médicos não gostam dsso. Dizem que ali não é consultório. Pois, ma se não fizer assim como é que vai fazer? Não sei. O que sei é que na televisão e na rádio estão constantemente a fazer a apologia da medicina preventiva e com a qual eu concordo plenamente. Pois é.
E foi assim. Vim de lá "de mãos a abanar" como de costume e como muitos milhares de outros. Ou será que não? Será que a culpa é minha? Ou dos outros utentes? Mas se alguém achar que a culpa é nossa, estamos dispostos a que nos expliquem como fazer de forma correcta. Talvez assim tenhamos acesso tão célere à famigerada consulta, como célere tem de ser o pagamento feito mensalmente à Segurança Social para não nos arriscarmos a ter de pagar juros pelo atraso.
Particularidades, foi o título escolhido pelo “Barão da Troia” para no dia de Quarta-feira, Dezembro 13, 2006 publicar no seu Blog homólogo um artigo mais que perfeito no qual teceu uma série de exemplos de boçalidades crónicas cá do nosso burgo. (Aconselhamos vivamente a visita ao dito blog e a leitura do post (artigo) atrás referido) - http://baraodatroia2.blogspot.com/
- Vimos aqui deixar mais alguns dos tais maus exemplos de que não nos devemos orgulhar e aos quais o “Barão da Troia” não fez referência no seu blog.
E aquelas diligentes donas de casa ou as suas empregadas domésticas que sacodem dos andares superiores os tapetes pejados de pelos pubicos para dentro dos quintais dos outros ou para cima das carecas ou das cabeças cabeludas de quem passa na rua?
Então e alguém que fica escandalizado porque a GNR foi ao parque de estacionamento do Lidl e multou uma senhora que estacionou comodamente o sei veículo no lugar reservado aos deficientes?
Argumentava o “nosso conterrâneo” que o que não faltavam lá eram lugares livres onde algum deficiente pudesse estacionar se disso necessitasse. Ora, achamos nós que é justamente o inverso que está certo, e que era a tal senhora que deveria ter procurado um desses tais muitos lugares vagos que se destinam aos não deficientes e deixar livre aquele que ocupou indevidamente.
“Pura caça à multa” foi o que exclamou o “nosso amigo” muitíssimo indignado com a atitude da GNR, esquecendo até que regra geral os lugares reservados a deficientes ficam mais próximos da entrada dos estabelecimentos, instituições ou repartições e que por alguma razão assim é. Pela nossa parte, nem sequer nos atreveríamos a classificar de excesso de zelo a atitude dos elementos daquela polícia. Enfim, pontos de vista. O “Barão da Troia” também referiu os energúmenos que impedem babados de contentes a passagem ao carro do lixo.
Deixem-me dizer-lhes que conheço bem demais essa realidade, e olhem que se julgam que estacionar o carro de forma a impedir a passagem do carro do lixo é alguma atitude rural desenganem-se. Não senhor. Numa rua para onde fui morar há já uns anos, tivemos de gramar com uma situação dessas apenas porque alguém que até tinha e tem um bom emprego na Autarquia cá da terra, resolveu pura e simplesmente não perceber que o dito carro do lixo apenas poderia passar se todos os carros fossem estacionados do mesmo lado da rua. Não havia ali qualquer sinalização, mas os primeiros moradores adoptaram como que tacitamente apenas uns dos lados da rua para estacionar e assim procediam todos, até ao dia em que a nova moradora chegou e com ela o pesadelo nocturno do carro do lixo.
A solução passou por uma petição à CMA para que lá colocasse a respectiva sinalização de proibição de estacionar de um dos lados da rua. Achamos que daqui se pode perfeitamente deduzir que a categoria de labrego(a) assenta tão bem num pastor de ovelhas como num homem que lavra a terra, ou como assenta na perfeição num(a) funcionário(a) público(a) daqueles que usam fatos da moda.
Filho adoptivo
Deixei este comentário no Blogue (SANDES DE COIRATO), ma não resisti a deixá-lo aqui também na forma de um pequeno post.
Olá amigo.
Gostava de lhe pedir que na sua lista "Som de Almeirim" adicionasse também o (Orfeão de Almeirim). O Orfeão de Almeirim é uma Associação Cultural de Utilidade Pública. É constituído por cerca de 25 elementos que executam peças nacionais e estrangeiras das mais diversas épocas e dos mais diversos compositores. TRABALHAMOS GRACIOSAMENTE e por carolice em prol da cultura na cidade de Almeirim e ainda pagamos cotas. Os nossos ensaios tem lugar às segundas e quartas na Casa do Povo de Almeirim. A nossa última actuação foi dedicada ao Natal, (Concerto de Natal) e teve lugar no passado dia 16 de Dezembro de 2006 na Igreja Matriz de S. João Batista
João Chamiço
NO PRÓXIMO NATAL
QUE HOUVER
No Natal, quando soarem os sinos,
Nos países deste planeta imenso,
Muitos meninos pobres vão nascer;
E Cristo, pobrezinho e os meninos,
Sem ter ouro, nem mirra, nem Incenso,
Nascem no próximo Natal que houver.
Nessa noite, meninos vão nascer
Sem terem manjedoura nem calor;
E os outros, em presépios de riquezas:
Jesus, no próximo natal que houver,
E os meninos em sonhos d’esplendor,
Partilham horizontes de incertezas.
Tapai os indigentes com meu manto!
Dirão os que da guerra são senhores
Àqueles que os mandam combater;
Lavrai as leis em pétalas de flores
E decretem que o Natal é que é santo,
E as guerras, proibidas de o ser.
- Ouvem-se preces de mães receosas -
E as estrelas que avivam os caminhos
Repetem cânticos em oração;
Mas já as multidões tumultuosas
Açoitam em Jesus os pobrezinhos,
E aprontam nova crucificação.
Tantos Poncio Pilatos na Judeia;
Legiões de fariseus paladinos,
Judas, por quantos dinheiros houver;
Vendem por trinta, a última ceia:
E Cristo, pobrezinho e os meninos,
Nascem no próximo Natal que houver.
João Chamiço
Escrito em Almeirim em 2003
P.S. Este poema foi brilhantemente declamado pela professora Neli Martins no Concerto de Natal que o Orfeão de Almeirim apresentou no sábado 16 de Dezembro de 2006 na Igreja Matriz de S. João Batista.